Agosto Verde Claro – Mês do combate à Leishmaniose
Você já ouviu falar em Leishmaniose?
Considerada um problema global, a Leishmaniose é uma zoonose que não tem cura, ocasionada por um protozoário do gênero Leishmania spp, que pode ter diferentes manifestações em seu hospedeiro e transmitir aos humanos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está entre os seis países que apresentam 90% dos casos.
Apesar da leishmaniose ser mais comum em cachorros, os gatos também estão propensos a contrair a doença, principalmente àqueles que estão com o sistema imunulógico enfraquecido, problema que pode ser fatal para os bichanos.
Por isso, a campanha ‘Agosto Verde Claro’ é um mês dedicado para reforçar o combate desta zoonose e alertar sobre os perigos da doença, como fazer a prevenção e cuidados em caso de contaminação do gato.
Como ocorre a transmissão
A Leishmaniose não é contagiosa, ou seja, não se transmite diretamente de um gato para outra pessoa. A transmissão do parasita ocorre apenas por meio da picada de um mosquito-palha fêmea infectado. Após isso, o inseto poderá passar a doença para humanos e outros pets saudáveis.
Assim, o protozoário se aloja no corpo do hospedeiro, podendo atacar órgãos diferentes.
Quais os sintomas da Leishmaniose Felina?
Os sintomas da Leishmaniose nos felinos podem variar, pois dependem da resposta do organismo, o que pode dificultar o seu diagnóstico. Também é importante dizer que nem sempre os gatos irão apresentar sintomas da doença e, por isso, é importante ficar atento e manter a rotina de consultas ao veterinário.
Contudo, a maior parte dos sinais clínicos se assemelham ao observado na espécie canina, incluindo:
- Lesões cutâneas, como dermatites, nódulos e úlceras;
- Perda de apetite;
- Aumento dos gânglios linfáticos;
- Dificuldade em respirar;
- Anemia;
- Emagrecimento;
- Lesões oculares;
- Aumento de ingestão de água;
- Febre;
- Manchas na pele.
Diagnóstico e tratamento
Os felinos com Leishmaniose podem ser diagnosticados por meio de dois métodos:
- Métodos imunológicos: Consiste na descoberta de anticorpos contra o parasita no sangue dos gatos, sendo um resultado positivo indicativo de exposição ao parasita.
- Métodos parasitológicos: Trata-se da detecção direta do parasita, através de diferentes tipos de amostras biológicas, tais como o sangue, a pele, a medula óssea, entre outros.
É importante ressaltar que o tratamento seja indicado e realizado sob a supervisão de um veterinário e, em caso de qualquer sinal ou comportamento diferente do habitual observado pelo seu tutor, deve-se levar o felino ao veterinário e, constatando a veracidade, o tratamento precoce será fundamental para evitar que a doença progrida.
Como prevenir a Leishmaniose Felina
A melhor forma de combater a manifestação da zoonose nos gatos é evitando o contato com o mosquito.
Para isso, é fundamental manter a limpeza e higiene do ambiente em dia, já que o mosquito-palha se reproduz facilmente em locais onde há acúmulo de sujeira e objetos.
Além disso, outra dica para garantir que o mosquito não se aproxime, é contar com as barreiras físicas, como por exemplo, telas mosqueteiras nas janelas ou a utilização de inseticidas naturais, como repelentes, que não contenham em sua composição substâncias que sejam tóxicas para gatos.
Não se esqueça que levar seu felino ao veterinário é essencial para que essas doenças silenciosas, como a Leishmaniose, sejam facilmente identificadas e, muitas vezes, em estágios iniciais, facilitando o tratamento e garantindo a saúde do bichano!