Os gatos são animais sensíveis e, ao contrário do que muitas pessoas dizem, precisam de cuidados específicos, considerando suas peculiaridades. Isso se torna ainda mais necessário quando falamos de gatos idosos, cujos cuidados precisam ser diferentes ou adaptados, focando sempre nas necessidades específicas de cada animal.

Gatos são considerados idosos a partir dos 7 anos. Nessa fase, o felino passa por uma série de transformações devido à idade, assim como nós humanos, perdendo audição, visão, musculatura e ficando mais indisposto. Esses fatores acumulados fazem com que eles fiquem mais suscetíveis a doenças e, consequentemente, mais frágeis. Mas, isso não quer dizer que os gatos não podem ter uma boa qualidade de vida na terceira idade.

Proporcionar uma qualidade de vida para os gatos idosos inclui:

Alimentação:

Nessa fase, os gatos tendem a ficar mais sedentários, respondendo menos aos estímulos de brincadeiras e passando a dormir por mais tempo. Por conta disso, podem correr o risco de ficarem obesos, sendo importante pensar em uma alimentação balanceada, pois para um gato idoso também é importante para equilibrar as novas necessidades de vitaminas e nutrientes do seu corpo.

Hidratação:

A ingestão de água é um ponto importante para se observar, mesmo em gatos jovens, mas quando se trata dos idosos, a atenção é redobrada. Naturalmente, os gatos não possuem o instinto de beber água com frequência, e com a chegada da idade, deixam esse hábito ainda mais de lado, prejudicando a saúde dos rins e fazendo com que diversas doenças possam aparecer. Coloque fontes de água e potes com água fresca pela casa e onde seu gato permanece por mais tempo.

Higiene:

Gatos são animais extremamente limpos, mas com a idade podem ficar mais preguiçosos e não realizar todas as suas rotinas de limpeza da melhor forma. Por isso, escovar os pelos dos gatos regularmente é importante para retirar nós, pelos mortos e ainda ajuda a identificar anormalidades ou alergias na pele. Ficar atento à caixinha de areia do seu peludo também é necessário para identificar possíveis diferenças no xixi e fezes, se estão mantendo um padrão ou apresentando alguma diferença.

Atividades:

É importante estimular o seu gato a continuar se exercitando em suas brincadeiras diárias. Com atividades mais suaves, é possível manter o corpo e a mente dos felinos mais saudáveis. Brinquedos interativos e de esconderijo são ótimas opções. Os gatos também adoram observar o mundo exterior, sendo uma atividade muito interessante para gatos idosos. Por isso, dar acesso para alguma janela com proteção ou área ao ar livre sem a possibilidade de fugas é uma ótima maneira de entreter os gatinhos.

Saúde:

As idas ao veterinário precisam ser mais frequentes para animais idosos, pois ficam mais propensos a desenvolver problemas de saúde, e detectá-los precocemente é essencial na recuperação. A função renal e hepática também precisa ser monitorada regularmente com exames de sangue e urina, além de manter a carteira de vacinação sempre em dia.

Monitoramento:

Fique sempre atenta ao seu gato e ao comportamento dele. Gatos são animais de rotina e, quando algo no seu comportamento muda, é interessante entender o que está causando isso. Caso seu felino tenha alterações nos hábitos alimentares, uso da caixa de areia ou qualquer outra mudança, é o momento de fazer uma visita ao veterinário.

Ter um gatinho idoso é um grande privilégio, pois é uma oportunidade de viver anos ao lado do seu melhor amigo. Dar qualidade de vida a ele é um sinal de amor e gratidão por tantos anos ao seu lado. Por isso, redobre a atenção e o carinho com o seu gatinho idoso, oferecendo conforto e segurança e proporcionando mais tempo de vida com muita saúde.

Os gatos nascem sem dentes, assim como os bebês humanos. Os dentinhos dos gatos vão crescendo ao longo das semanas até completar o total de 26 dentes, permanecendo com essa dentição até os 3 meses. Após esse tempo, a dentição é trocada e, até o nono mês, eles chegam ao total de 30 dentes, permanecendo dessa forma na vida adulta. Cada um dos dentes dos gatos possui uma função específica, ajudando na alimentação.

Assim como nós, humanos, cuidamos dos dentes, é importante que os dentinhos dos nossos felinos também tenham atenção. Durante a fase adulta, é possível que alguns problemas dentários surjam, podendo afetar a saúde dos nossos peludos. Vamos falar um pouco sobre as duas doenças mais comuns às quais devemos estar atentos e o que fazer caso ocorram com o seu gatinho.

Doença Periodontal

A doença periodontal é muito comum em gatos adultos e é causada pela presença de placa bacteriana, que se forma pelo acúmulo de alimento e propriedades da saliva ao longo do tempo. A doença pode chegar de forma silenciosa até apresentar quadro de dores e, caso não seja tratada, pode levar a consequências mais graves, como inflamação da gengiva, perda dos dentes e até mesmo comprometer alguns órgãos, já que a bactéria pode se espalhar pela corrente sanguínea.

Sintomas:

Os sintomas podem variar de acordo com o estágio da doença, que normalmente chega de forma silenciosa. No geral, os gatos ficam com as gengivas avermelhadas, mau hálito, baba, secreção nasal e podem perder os dentes ou tentar tocar a boca com as patinhas.

Prevenção e tratamento:

A prevenção da doença periodontal envolve levar o gatinho periodicamente ao veterinário para uma boa avaliação dos dentes. Rações e petiscos específicos também podem ajudar a manter os dentes limpos e evitar a doença. Caso seu gatinho esteja apresentando os sintomas e a doença for confirmada por um veterinário, o tratamento envolve o uso de antibióticos e analgésicos. Em casos mais avançados da doença, é possível que o animal necessite passar por um procedimento mais incisivo.

Reabsorção Dentária

A reabsorção dentária também é comum em gatos e ainda não existe um consenso definido sobre o motivo desse problema acontecer. A doença degrada o dente de forma semelhante a uma cárie em humanos, mas é causada pelo próprio organismo do animal, que reativa o mesmo mecanismo para a perda de dentes de leite, mas, dessa vez, nos dentes permanentes.

Sintomas:

A reabsorção dentária é uma doença dolorosa e tem sintomas parecidos com a doença periodontal, causando mau hálito, inflamação da gengiva e aumento da saliva durante a alimentação. O gato pode perder o apetite, sentir dor enquanto mastiga e até perder os dentes.

Prevenção e tratamento:

Como não se sabe a origem da doença, ainda não é possível preveni-la. Apesar disso, uma boa higiene bucal dos felinos é sempre importante para que o ambiente não esteja propício para inflamações e outras doenças. Por isso, é importante levar o felino periodicamente ao veterinário. Na maioria dos casos, um gato acometido por essa doença precisa fazer a extração do dente afetado, já que mesmo em casos onde foram feitas restaurações nos dentes, parecido com o feito em humanos, o processo de reabsorção continuava, causando ainda mais sofrimento ao animal.

Embora as doenças citadas sejam comuns no mundo dos felinos, existem tratamentos relativamente simples, e sem um longo processo de recuperação, caso sejam identificadas precocemente. Como os gatos são animais sensíveis às mudanças, fique atento ao comportamento do seu gatinho. Se algo estiver errado, ele provavelmente dará alguns sinais. Além disso, mantenha a próxima consulta do seu amigo sempre agendada.

Apesar de a maioria dos gatinhos possuir pelagens densas, eles também podem sofrer com o frio. Com gatos idosos, filhotes, doentes ou até mesmo os de pelagem curta, a atenção com as baixas temperaturas precisa ser redobrada. Por isso, com a chegada do inverno, é importante proteger nossos felinos e tomar alguns cuidados específicos durante esta estação do ano.

Os gatos possuem estratégias para passar a época das temperaturas baixas de forma mais confortável, como passar mais tempo dormindo para conservar a temperatura do corpo por mais tempo, e também podem acabar comendo um pouco mais para garantir maior reserva de gordura. Mas como tutores, existem algumas maneiras de ajudar nossos felinos a se protegerem do frio, como:

1 – Garantir um ambiente interno confortável e aconchegante, com caminhas e mantas disponíveis em locais que eles normalmente gostam de ficar. Isso é essencial para que se sintam seguros e consigam manter a temperatura corporal adequada. Além disso, verifique se o local onde eles ficam não possui correntes de ar que possam incomodá-los.

2 – Se o seu gatinho tem acesso a uma área externa, certifique-se de que ele possa voltar rapidamente a um local aconchegante e quentinho quando quiser. Providencie abrigos temporários, como caixas de papelão com mantas dentro, que podem ser ótimos refúgios para os momentos em que estiver no ambiente externo da casa.

3 – Fique atento à ingestão de água. Os gatos já possuem uma relação delicada com a ingestão de água, e nos períodos mais frios, esse consumo pode diminuir, causando diversos problemas de saúde. Garanta que seu felino tenha sempre água fresca e ofereça com mais frequência patês e alimentos mais líquidos. Isso ajudará a manter a hidratação adequada, prevenindo problemas urinários e renais.

4 – Monitore seu gatinho e fique atento a qualquer mudança de comportamento, falta de apetite, tremedeira ou se suas extremidades estão geladas. Esses podem ser sinais de que ele está sofrendo com o frio ou até mesmo ficando doente. Caso identifique esses sinais, leve-o a um veterinário de confiança para uma avaliação.

Durante os dias frios, é fundamental tomar algumas precauções extras para garantir a segurança e o bem-estar dos gatos. Os felinos, em busca de calor, podem procurar locais perigosos como radiadores, motores de carro, ou eletrodomésticos aquecidos. Esses locais podem causar acidentes graves, como queimaduras ou aprisionamento. Portanto, fique atento e sempre verifique se o seu gatinho tem acesso a esses locais. Antes de ligar o carro, especialmente se ele tem acesso a garagens, dê uma batidinha no capô para garantir que ele não esteja escondido ali.

Apesar de ser muito comum para os cachorros, as roupinhas no inverno não são a melhor opção para os gatos. Muitos gatos são sensíveis a objetos em seu corpo e podem ficar estressados com o uso de roupinhas. Além disso, os felinos são animais extremamente ágeis, com o hábito de pular e se esconder. A roupa pode se enroscar em objetos, fazendo com que eles fiquem presos ou até mesmo se enforquem. Em vez de roupinhas, é melhor investir em caminhas e mantas confortáveis. Criar um espaço aconchegante, talvez próximo de uma fonte segura de calor, como um aquecedor protegido ou uma bolsa de água quente bem embalada, pode ser muito mais eficaz.

Se possível, permita que o gatinho se aconchegue na cama com você, pois a proximidade humana também proporciona calor e conforto emocional. Manter um ambiente interno com uma temperatura adequada, sem correntes de ar, é essencial. Além disso, algumas atividades interativas e brincadeiras podem manter seu gato ativo e, consequentemente, ajudar a mantê-lo aquecido. Cuidar dos gatos no inverno requer atenção especial, mas com as medidas corretas, você pode garantir que eles fiquem aquecidos e seguros durante toda a estação fria.

Os gatos são conhecidos por sua elegância, independência e, claro, por serem caçadores natos. No entanto, mesmo com essa reputação, eles podem enfrentar problemas de saúde, incluindo a desnutrição.

Pensando nisso, exploramos as causas, sinais e estratégias para lidar com a desnutrição dos nossos amigos de quatro patas que tanto amamos.

Boa leitura!

Como ocorre a desnutrição em gatos?

Má alimentação

Uma dieta desequilibrada ou a falta de nutrientes essenciais pode levar à desnutrição. Por isso, certifique-se de fornecer uma ração completa e balanceada, adequada à idade e às necessidades específicas do seu gato.

Doenças crônicas

Algumas condições de saúde, como insuficiência renal ou diabetes, podem afetar a absorção de nutrientes, contribuindo para a desnutrição.

Parasitas

Infestações por vermes e outros parasitas intestinais podem prejudicar a absorção de nutrientes, causando desnutrição ao longo do tempo.

Problemas dentários

Gatos com problemas dentários podem evitar comer ou ter dificuldade em mastigar, o que pode levar à desnutrição.

Sinais de desnutrição em gatos

É comum que os gatos não demonstrem quando algo não vai bem. Mas existem alguns sinais que podem ajudar a identificar problemas de saúde, como:

Perda de peso

o emagrecimento é um sinal óbvio de desnutrição. Monitore o peso do seu gato regularmente para detectar variações.

Pelagem opaca e quebradiça

Uma pelagem sem brilho, seca e propensa a quebras pode indicar deficiência nutricional.

Letargia e fraqueza

A falta de nutrientes pode resultar em cansaço constante e fraqueza.

Problemas gastrointestinais

Vômitos, diarreia e constipação podem indicar problemas nutricionais.

Como lidar com a desnutrição:

Embora o tratamento seja vital, a prevenção é sempre a melhor estratégia. Algumas ações incluem:

Consulta veterinária: o primeiro passo é sempre consultar um veterinário. Exames de sangue e análises clínicas ajudarão a identificar a causa subjacente da desnutrição.

Alimentação adequada: o veterinário pode recomendar uma dieta específica para as necessidades do seu gato. Alimentos enriquecidos e suplementos podem ser prescritos para corrigir deficiências.

Monitoramento regular: após iniciar o tratamento, é fundamental monitorar de perto o progresso do seu gato. Isso pode envolver visitas regulares ao veterinário e ajustes na dieta, conforme necessário.

Cuidados dentários: se problemas dentários forem identificados, um plano de cuidados dentários pode ser necessário. Isso pode incluir limpeza dental profissional e, se necessário, extração de dentes.

Controle Parasitário: um programa eficaz de controle de parasitas, incluindo vermes, pulgas e carrapatos, é crucial para garantir que o gato possa absorver adequadamente os nutrientes.

Portanto, garanta que seu gato receba uma dieta equilibrada, consulte regularmente o veterinário para check-ups e mantenha um controle rigoroso contra parasitas.

Lidar com a desnutrição em gatos requer paciência, cuidado e a orientação de um profissional experiente e capacitado. Estando atento aos sinais, oferecendo cuidados adequados e buscando ajuda veterinária quando necessário, você estará dando ao seu felino as melhores chances de uma vida saudável e vibrante.

Ao enfrentar problemas de desnutrição em seu gato, lembre-se sempre de que cada gato é único, e as abordagens de tratamento podem variar. Consulte sempre um veterinário para orientações personalizadas e soluções específicas para a saúde do seu gato.