Os gatos nascem sem dentes, assim como os bebês humanos. Os dentinhos dos gatos vão crescendo ao longo das semanas até completar o total de 26 dentes, permanecendo com essa dentição até os 3 meses. Após esse tempo, a dentição é trocada e, até o nono mês, eles chegam ao total de 30 dentes, permanecendo dessa forma na vida adulta. Cada um dos dentes dos gatos possui uma função específica, ajudando na alimentação.

Assim como nós, humanos, cuidamos dos dentes, é importante que os dentinhos dos nossos felinos também tenham atenção. Durante a fase adulta, é possível que alguns problemas dentários surjam, podendo afetar a saúde dos nossos peludos. Vamos falar um pouco sobre as duas doenças mais comuns às quais devemos estar atentos e o que fazer caso ocorram com o seu gatinho.

Doença Periodontal

A doença periodontal é muito comum em gatos adultos e é causada pela presença de placa bacteriana, que se forma pelo acúmulo de alimento e propriedades da saliva ao longo do tempo. A doença pode chegar de forma silenciosa até apresentar quadro de dores e, caso não seja tratada, pode levar a consequências mais graves, como inflamação da gengiva, perda dos dentes e até mesmo comprometer alguns órgãos, já que a bactéria pode se espalhar pela corrente sanguínea.

Sintomas:

Os sintomas podem variar de acordo com o estágio da doença, que normalmente chega de forma silenciosa. No geral, os gatos ficam com as gengivas avermelhadas, mau hálito, baba, secreção nasal e podem perder os dentes ou tentar tocar a boca com as patinhas.

Prevenção e tratamento:

A prevenção da doença periodontal envolve levar o gatinho periodicamente ao veterinário para uma boa avaliação dos dentes. Rações e petiscos específicos também podem ajudar a manter os dentes limpos e evitar a doença. Caso seu gatinho esteja apresentando os sintomas e a doença for confirmada por um veterinário, o tratamento envolve o uso de antibióticos e analgésicos. Em casos mais avançados da doença, é possível que o animal necessite passar por um procedimento mais incisivo.

Reabsorção Dentária

A reabsorção dentária também é comum em gatos e ainda não existe um consenso definido sobre o motivo desse problema acontecer. A doença degrada o dente de forma semelhante a uma cárie em humanos, mas é causada pelo próprio organismo do animal, que reativa o mesmo mecanismo para a perda de dentes de leite, mas, dessa vez, nos dentes permanentes.

Sintomas:

A reabsorção dentária é uma doença dolorosa e tem sintomas parecidos com a doença periodontal, causando mau hálito, inflamação da gengiva e aumento da saliva durante a alimentação. O gato pode perder o apetite, sentir dor enquanto mastiga e até perder os dentes.

Prevenção e tratamento:

Como não se sabe a origem da doença, ainda não é possível preveni-la. Apesar disso, uma boa higiene bucal dos felinos é sempre importante para que o ambiente não esteja propício para inflamações e outras doenças. Por isso, é importante levar o felino periodicamente ao veterinário. Na maioria dos casos, um gato acometido por essa doença precisa fazer a extração do dente afetado, já que mesmo em casos onde foram feitas restaurações nos dentes, parecido com o feito em humanos, o processo de reabsorção continuava, causando ainda mais sofrimento ao animal.

Embora as doenças citadas sejam comuns no mundo dos felinos, existem tratamentos relativamente simples, e sem um longo processo de recuperação, caso sejam identificadas precocemente. Como os gatos são animais sensíveis às mudanças, fique atento ao comportamento do seu gatinho. Se algo estiver errado, ele provavelmente dará alguns sinais. Além disso, mantenha a próxima consulta do seu amigo sempre agendada.

Apesar de a maioria dos gatinhos possuir pelagens densas, eles também podem sofrer com o frio. Com gatos idosos, filhotes, doentes ou até mesmo os de pelagem curta, a atenção com as baixas temperaturas precisa ser redobrada. Por isso, com a chegada do inverno, é importante proteger nossos felinos e tomar alguns cuidados específicos durante esta estação do ano.

Os gatos possuem estratégias para passar a época das temperaturas baixas de forma mais confortável, como passar mais tempo dormindo para conservar a temperatura do corpo por mais tempo, e também podem acabar comendo um pouco mais para garantir maior reserva de gordura. Mas como tutores, existem algumas maneiras de ajudar nossos felinos a se protegerem do frio, como:

1 – Garantir um ambiente interno confortável e aconchegante, com caminhas e mantas disponíveis em locais que eles normalmente gostam de ficar. Isso é essencial para que se sintam seguros e consigam manter a temperatura corporal adequada. Além disso, verifique se o local onde eles ficam não possui correntes de ar que possam incomodá-los.

2 – Se o seu gatinho tem acesso a uma área externa, certifique-se de que ele possa voltar rapidamente a um local aconchegante e quentinho quando quiser. Providencie abrigos temporários, como caixas de papelão com mantas dentro, que podem ser ótimos refúgios para os momentos em que estiver no ambiente externo da casa.

3 – Fique atento à ingestão de água. Os gatos já possuem uma relação delicada com a ingestão de água, e nos períodos mais frios, esse consumo pode diminuir, causando diversos problemas de saúde. Garanta que seu felino tenha sempre água fresca e ofereça com mais frequência patês e alimentos mais líquidos. Isso ajudará a manter a hidratação adequada, prevenindo problemas urinários e renais.

4 – Monitore seu gatinho e fique atento a qualquer mudança de comportamento, falta de apetite, tremedeira ou se suas extremidades estão geladas. Esses podem ser sinais de que ele está sofrendo com o frio ou até mesmo ficando doente. Caso identifique esses sinais, leve-o a um veterinário de confiança para uma avaliação.

Durante os dias frios, é fundamental tomar algumas precauções extras para garantir a segurança e o bem-estar dos gatos. Os felinos, em busca de calor, podem procurar locais perigosos como radiadores, motores de carro, ou eletrodomésticos aquecidos. Esses locais podem causar acidentes graves, como queimaduras ou aprisionamento. Portanto, fique atento e sempre verifique se o seu gatinho tem acesso a esses locais. Antes de ligar o carro, especialmente se ele tem acesso a garagens, dê uma batidinha no capô para garantir que ele não esteja escondido ali.

Apesar de ser muito comum para os cachorros, as roupinhas no inverno não são a melhor opção para os gatos. Muitos gatos são sensíveis a objetos em seu corpo e podem ficar estressados com o uso de roupinhas. Além disso, os felinos são animais extremamente ágeis, com o hábito de pular e se esconder. A roupa pode se enroscar em objetos, fazendo com que eles fiquem presos ou até mesmo se enforquem. Em vez de roupinhas, é melhor investir em caminhas e mantas confortáveis. Criar um espaço aconchegante, talvez próximo de uma fonte segura de calor, como um aquecedor protegido ou uma bolsa de água quente bem embalada, pode ser muito mais eficaz.

Se possível, permita que o gatinho se aconchegue na cama com você, pois a proximidade humana também proporciona calor e conforto emocional. Manter um ambiente interno com uma temperatura adequada, sem correntes de ar, é essencial. Além disso, algumas atividades interativas e brincadeiras podem manter seu gato ativo e, consequentemente, ajudar a mantê-lo aquecido. Cuidar dos gatos no inverno requer atenção especial, mas com as medidas corretas, você pode garantir que eles fiquem aquecidos e seguros durante toda a estação fria.

Quem tem um gato em casa já deve ter notado uma peculiaridade em seu corpinho, como uma espécie de bolsa solta na barriga, principalmente quando eles correm ou se movem rapidamente. Essa característica intrigante é conhecida como bolsa primordial. Mas o que exatamente é essa bolsa e qual é a sua função?

A bolsa primordial é uma parte do corpo de alguns gatos que aparece como uma faixa de pele solta e flácida que se estende do final do abdômen até a área traseira das patas. Ela pode ser mais proeminente em alguns felinos do que em outros, e não é exclusiva de nenhuma raça específica.

Funções da Bolsa Primordial

Proteção durante as brigas: uma das teorias mais aceitas sobre a função da bolsa primordial é que ela serve como uma camada de proteção durante lutas. A bolsa permite que o gato se torça e se estique mais eficientemente, além de proteger órgãos vitais de garras e mordidas de adversários.

Ajuda na mobilidade e flexibilidade: a bolsa primordial também pode ajudar os gatos na sua mobilidade. Ao correr e saltar, a bolsa oferece uma extensão extra que permite maior amplitude de movimento.
Regulação térmica: outra possível função da bolsa primordial é ajudar na regulação da temperatura do corpo. A pele extra pode ajudar a liberar o excesso de calor quando os gatos estão muito ativos ou em ambientes quentes, funcionando como um mecanismo de ajuste térmico.

A bolsa primordial não é um indicativo de obesidade em gatos, apesar de muitos tutores acreditarem que seja um indício que o seu gatinho esteja acima do peso. Na verdade, ela é uma característica natural e normal que não está necessariamente ligada ao peso do animal. Portanto, ao avaliar se um gato está acima do peso, é essencial considerar outras partes do corpo e o peso geral em relação ao tamanho e à raça.