Se você já teve contato com gatos em algum momento da vida, certamente já deve ter visto o peludo dedicar boa parte do tempo se limpando em longas lambidas.

Os gatos são populares por sua fofura e personalidade única, mas eles também possuem outras características marcantes, como a higiene.

No entanto, apesar da independência dos bichanos, os tutores também podem contribuir para uma higienização correta.

Para entender melhor, continue lendo este post!

Higienização felina correta

Apesar dos bichanos serem ‘autolimpantes’, eles precisam de alguns cuidados específicos para garantir uma rotina saudável.

Por isso, a higienização felina não se resume somente à pelagem do pet, mas também inclui o cuidado com a areia, escovação dos dentes, higiene da boca e orelhas, tratamento das unhas, além de proporcionar um ambiente confortável e limpo ao bichano.

Confira abaixo cinco dicas que podem ser adotadas tranquilamente pelos tutores para ajudar seu felino a ficar ainda mais limpo e saudável, e tornar o convívio muito mais agradável.

1. Prefira banhos secos e lenços umedecidos

Com uma limpeza tão completa, os banhos não se fazem tão necessários.

Na clínica Katzen, os banhos tradicionais não são recomendados, uma vez que a higiene felina é o suficiente para manter a limpeza em dia:

“Eles são pets autolimpantes e não precisam de banho. Além de gerar um desequilíbrio para o felino, gera também muito estresse. Indicamos sempre realizar a escovação dos pelos e uso de lenços umedecidos sem cheiro. Caso seja um caso específico solicitado por um veterinário, podemos indicar uma clínica que possui sala específica para banho em gatos”, explica a dra. Flávia Schelim, veterinária da clínica Katzen, especialista em felinos.

Por isso, o banho nos gatos é aconselhado em situações indicadas por um profissional, caso estejam extremamente sujos ou não consigam se limpar sozinhos.

2. Não esqueça da higiene dos dentes do animal

A higienização bucal é um cuidado que deve fazer parte da rotina do seu bichano.

Assim como nos humanos, a ausência dessa higiene causa o acúmulo de tártaro e placas de sujeira que se acumulam ao longo do tempo, levando a sérios problemas, como a doença periodontal, responsável por destruir as estruturas no entorno do dente felino.

Contudo, existem alguns desafios que os tutores podem enfrentar ao adotar esse hábito na rotina do pet, como o ato de arranhar ou apresentarem uma certa irritabilidade.

A dra. Gabriela Silva, veterinária da clínica Katzen, explica o que pode ser feito nesses casos:

“O ideal é sempre utilizar uma toalha para realizar o famoso ‘sushicat’ ou ‘burrito’, ou seja, enrolar as patinhas em uma toalha. Assim, evitamos que nos machuquem ou até mesmo se machuquem. Outra sugestão é sempre após realizar a escovação dos dentes, brincar ou oferecer um sachê como agrado. Sabemos que é uma tarefa desafiadora para os tutores e o mais legal é iniciar a escovação quanto antes, assim desde filhotes já estarão acostumados com a manipulação” afirma a veterinária.

3. Cuidado com as unhas

Cortar as unhas do felino pode ajudar na saúde e evitar que os bichanos arranhem outros pets da casa, o próprio tutor, móveis e o médico veterinário no momento de algum procedimento, por exemplo.

Além de evitar sujeiras que se acumulam embaixo das unhas e, com isso, microrganismos e possíveis doenças transmissíveis nos arranhões, como a raiva ou FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina).

O ideal é que as unhas sejam cortadas seguindo a orientação de um médico veterinário, de forma a evitar possíveis incidentes e hemorragias, prejudicando a função das unhas ou causando dores ao bichano.

4. Dê atenção aos olhos e orelhas

Os olhos são parte sensível da fisiologia dos gatos e, por isso, merecem atenção especial.

Muitas vezes, os bichanos podem acumular secreção ou outras sujeiras nessa região. Para manter a higiene, é recomendado realizar a limpeza com soro fisiológico ou algodão umedecido em água morna.

Outra parte delicada são as orelhas, pois elas podem acumular sujeira e gerar complicações.

Nesse caso, é recomendado seguir a orientação veterinária e encaminhar a um especialista para fazer a limpeza da forma correta.

5. Consulte sempre o médico-veterinário

A higiene também é um aspecto de saúde, por isso, é importante ressaltar a importância de acompanhamento veterinário.

Gatos são conhecidos por estarem sempre preocupados com a própria limpeza. Dessa forma, quando um bichano está descuidado, pode indicar uma doença ou fragilidade de seu amigo. E isso pode ser percebido pelo médico veterinário.

Seguindo os passos acima, você pode garantir mais higiene para seu companheiro e, assim, maior qualidade de vida!

Há pouco tempo falamos do Outubro Rosa, campanha que ajuda na conscientização e importância da prevenção do câncer de mama nas gatinhas.

Agora é a vez do ‘Novembro Azul’, campanha dedicada à conscientização sobre o câncer de próstata, uma das doenças mais temidas e cada vez mais frequentes no universo masculino.

O que poucas pessoas sabem é que esta enfermidade também acomete os pets. Por isso, o ‘Novembro Azul Pet’ foi a versão da campanha voltada para conscientizar os tutores acerca da importância dos exames e medidas de prevenção em seus filhos de quatro patas, especialmente em pets de meia-idade e idosos, bem como sobre o papel da castração.

Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o câncer de próstata é mais comum em cães, mas também pode atingir os felinos. Além disso, costuma acometer com mais frequência pets a partir de seis ou sete anos de idade.

Ainda que a enfermidade seja considerada rara nos felinos, quando se desenvolve, tende a ser agressiva e com alto potencial de se espalhar para outros órgãos, por meio da metástase.

Nesse sentido, o principal objetivo é alertar os tutores sobre o aparecimento da doença, conhecer os sinais e, principalmente, as medidas de prevenção, para evitar que o bichano seja impactado e ocasione consequências mais graves.

Quando ocorre o câncer de próstata em felinos?

O termo “câncer” está relacionado a uma rápida evolução desorganizada e maligna das células armazenadas na próstata, uma glândula sexual que fica localizada próximo à bexiga dos gatos machos.

Essa glândula faz parte do sistema reprodutor felino, sendo fundamental para a fecundação, e sua principal função é produzir fluidos encontrados no líquido seminal, que ajudam na movimentação, proteção e nutrição dos espermatozoides.

A doença pode ter origem hormonal, se desenvolver por meio de alterações genéticas acumuladas durante a vida do bichano ou até mesmo por um desequilíbrio na produção de testosterona. Acredita-se também que pode haver relação com a ingestão de açúcar em excesso pelo bichano.

Com o aumento anormal da próstata, existe o risco da formação de cistos, abscessos e neoplasia (massa de tecido anormal que pode surgir em diferentes partes do corpo).

Essas alterações podem comprometer outros órgãos e impedir a passagem da urina ou dificultar o pet a defecar, causando sérios danos à saúde e longevidade do bichano.

Diagnóstico

A boa notícia é que a maioria dos tumores é benigna, ou seja, não apresentam riscos à saúde do pet e podem ser tratados. No entanto, o diagnóstico precoce se torna essencial para elevar as chances de cura da doença. Por isso, esteja atento aos principais sinais de alerta:

• Perda de apetite
• Micção frequente
• Esforço para urinar
• Constipação
• Fezes em formato irregular
• Presença de sangue na urina
• Febre
• Dor abdominal
• Corrimento uretral
• Andar enrijecido

Além disso, o câncer de próstata pode ser detectado por meio de exames de sangue, urina, raio-X, biópsia e ultrassom, bem como por meio do toque retal, realizado nas consultas periódicas ou sempre que houver algum tipo de suspeita da doença.

Por isso, o acompanhamento médico regular ao veterinário do seu pet se torna algo fundamental.

Os exames, aliados aos sintomas observados pelo tutor e sinais clínicos, favorecem a confirmação da doença mais rapidamente.

Tratamento

A prevenção é a melhor maneira que traz a possibilidade de cura e contribuição com a saúde dos felinos, principalmente os idosos. Contudo, quando a doença é detectada, existem tratamentos capazes de atuar na cura do problema.

O principal tratamento para hiperplasia prostática benigna (quando ocorre o crescimento acelerado da próstata) inclui medicação específica por período prolongado, e a castração dos pets.

Nos casos de abscessos (quando existe o acumulo de pus no interior da próstata em resultado de um quadro infeccioso grave e não controlado) e cistos prostáticos, a drenagem das lesões precisa ser acompanhada de antibioticoterapia e castração.

No estágio avançado da doença, ou quando existe a constatação maligna, o tratamento consiste na remoção da glândula, em uma cirurgia delicada, além da utilização da radioterapia ou quimioterapia para realizar um controle local da doença.

Como prevenir o câncer de próstata nos felinos

A prevenção é sempre o melhor caminho. E isso inclui a castração precoce e check-ups periódicos a uma clínica especializada, principalmente nos felinos que não são castrados.

Os tutores também devem ficar atentos aos hábitos do pet e, ao notar a ocorrência dos primeiros sintomas, encaminhá-lo ao veterinário.

Outra forma de contribuir para a redução da incidência de doenças, como o câncer de próstata, é oferecer ao seu pet um estilo de vida mais saudável, eliminando o sedentarismo e apostando em alimentação balanceada. Essas ações auxiliam de forma significativa para a manutenção da saúde deles.

Lembre-se: a saúde do seu bichano depende de você. Quanto antes o problema for diagnosticado, maiores as chances de cura e de uma boa qualidade de vida para o seu companheiro.

Confira outros temas importantes sobre a saúde do seu peludo em nosso blog!